sábado, 19 de dezembro de 2009

A metade que eu sou


Eu sou metade você e se eu me tornar metade do que é, eu serei inteiro.

Ainda tenho dificuldade em encontrar você em mim, não sei qual foi a metade sua que me transformei. Talvez sejam as palavras que eu não escutei, li todas elas escritas no seu rosto e crie a minha própria interpretação da historia que escreveu, confesso que por muitas vezes minha versão ficou um pouco distorcida e você soube me dar tempo para crescer e relê-las, é preciso tempo para ver seus frutos amadurecidos e prontos pra entender as coisas. Eu sou seu fruto quase amadurecido, logo eu poderei cair do seu pé e ser apanhado pelo mundo que existe ao redor de nossa árvore genealógica, logo serão as minhas sementes que estarão prontas para serem semeadas e eu o farei bem ao lado de onde me plantou, para que elas possam germinar sob a sombra da sua presença e para que eu possa seguir as suas técnicas de cultivo. Logo eu deixarei de ser o príncipe do seu reino e conquistarei meus próprios territórios com meu próprio exército treinado pelo seu, logo eu farei viagens interplanetárias e poderei conhecer outros mundos e entrar em outras atmosferas, com a plena consciência de que encontro os melhores ares na atmosfera que você criou dentro de casa.

Por hora, basta ser apenas metade você.


Francisco Garcia.

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